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Hábitos financeiros para tempos de crise

  • Foto do escritor: Davi Mathielo
    Davi Mathielo
  • 5 de mai. de 2021
  • 3 min de leitura

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É inegável que estamos vivenciando uma das piores crises da atualidade, sendo comparável ao famoso crash de 29 quando analisados os possíveis cenários de impacto. Somada a essa causalidade, temos o fato de vivermos num país polarizado por rixas políticas e uma população refém do paternalismo do estado, seja pela desventura de ter sido atingida pelos impactos da crise ou por ter se alienado às possibilidades de independência e segurança financeira que poderiam ter sido adotadas em tempos de bonança ou até mesmo àqueles que são autônomos e por vezes vivem uma gangorra financeira pelos mais diversos motivos.


Você primeiro

Apesar de todo esse contexto, ainda há o que ser feito a fim de se precaver e se assegurar para um futuro mais incerto e volátil. O primeiro passo para esse caminho de independência e segurança financeira, que para muitos parece obscuro, ocorre quando você se torna a prioridade. Pode parecer um tanto quanto individualista, egocêntrico ou até mesmo irresponsável, mas, é praticamente um consenso entre aqueles que se propõem a estudar comportamentos para o sucesso, se você se prioriza, você move suas energias para o que é realmente importante primeiro, você, para depois seguir com suas obrigações.


Uma boa literatura que ilustra não só este passo, como outros que serão apresentados, de forma lúdica e direta é "O homem mais rico da Babilonia" de George S. Clason. Dentre as ideias principais do livro, a primeira é "De cada dez moedas que ganhar, gaste apenas 9", ou seja, guarde 10% de tudo o que ganhar e assim iniciará sua poupança, para então arcar com seus credores e prazeres. Mas, mais importante que reservar esta quantia, é reserva-la assim que a receber, pois assim estará auxiliando a criar um hábito forte e difícil de quebrar, além de criar em seu subconsciente a ideia de que a sua poupança é tão importante quanto todas as suas outras obrigações financeiras. Se no início este percentual for difícil, busque um mínimo possível e o reserve, por menor que seja o valor, você estará trabalhando para formar um hábito financeiro saudável.


"Pague primeiro a si mesmo."

Tenha em mente que essa poupança servirá como sua reserva de emergência, o seu colete salva vidas durante uma grande tempestade. Esta reserva servirá para cobrir seu padrão de vida numa situação de perda ou redução de renda. O ideal é que se tenha um montante para cobrir pelo menos 6 meses de ausência de renda.


Faça um orçamento

Tão importante quanto se priorizar, é ter conhecimento de suas finanças, afinal, não há como controlar algo se não houver planejamento. Então, compreenda quais são suas fontes de renda, calcule a sua poupança de 10% e levante tudo o que é gasto. Isso pode parecer banal, mas leva a um autoconhecimento financeiro tremendo e pode ser chocante a depender da forma como se gasta o dinheiro, mas é uma etapa vital para conseguir criar estabilidade, principalmente nos possíveis cenários que virão.


Apesar do orçamento ser algo extremamente pessoal, deve-se atentar aos gastos separando-os entre essenciais e não essenciais, dívidas, além da análise de possíveis reduções de gastos com renegociações de contratos e substituições de itens de consumo. Para este planejamento e controle, vale o uso de qualquer ferramenta que melhor se encaixe em seu dia-a-dia, podendo ser aplicativos de controle financeiro, planilhas, cadernos e etc, desde que o mesmo seja acompanhado continuamente, a fim de garantir que os objetivos estabelecidos sejam alcançados. Tenha em mente que nessa fase, o ponto ideal é não perder o controle, você deve estar no comando do seu dinheiro, não contrário.


Evite o endividamento

Estar endividado pode atrapalhar no controle financeiro e na formação de poupança ou investimentos, por isso, é importante ter a noção de todas as sua dívidas, sejam elas relativas à empréstimos pessoais, cartões de crédito, cheque especial e etc. Ao realizar o controle de dívidas, você pode gerir melhor a situação, pois pode buscar meios de reduzir custos atrelados à empréstimos através de portabilidade do mesmo à outras instituições, ou por meio de renegociação. Neste quesito, o importante é não deixar rolar a dívida, não queira os juros compostos como inimigo. Dependendo do seu comprometimento de renda com este gasto e outros essenciais, pode ser necessário adiar a realização de poupança/investimentos a fim de garantir que sua saúde financeira se mantenha estável.


A formação de um hábito depende da repetição da ação pela qual se quer fixar, sendo necessária a revisão constante de suas finanças. Estabeleça pequenas metas diárias, ou semanais, de gastos e revise periodicamente seu planejamento a fim de sentir as dores e orgulhos conforme for avançando neste hábito tão importante. Busque quitar suas dívidas e formar uma reserva para se precaver dos infortúnios que o futuro possa a vir a reservar, mas não deixe de viver os prazeres da vida.

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Tulipa Consultoria e Educação Financeira Pessoal Ltda

A Tulipa Finanças, inscrita no CNPJ/ME sob o nº 47.528.483/0001-65, presta serviços de consultoria em planejamento e organização financeira pessoal, bem como serviços de educação financeira In Company. Os serviços de consultoria de investimento são realizados, exclusivamente, pelo sócio Marcus Brasil, ou por outro consultor indicador pelo mesmo, através da Portfel Consultoria (CNPJ 37.576.416/0001-62), consultoria especializada e habilitada para a atuação nas atividades de consultoria de investimentos.

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